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O caso do gene DJ1: peças que se juntam

 

Os pesquisadores já sabem que uma disfunção do gene DJ1 em
humanos contribui para o aparecimento do mal de Parkinson, que
afeta a coordenação motora dos pacientes

 

Mas eles também descobriram que algumas toxinas, quando presentes no organismo, causam o mesmo problema. E essas substâncias são encontradas em maiores quantidades apenas quando existe o problema genético.


Estudos realizados com peixes-zebras na Universidade de Sheffield, na Inglaterra, mostraram que altas doses de toxina realmente causam o problema na coordenação motora.


O que os pesquisadores ainda não identificaram é quanto dessa substância é necessária para causar a mesma disfunção em seres humanos.


Uma das certezas é que devem ser doses bem menores. Além de procurar descobrir a quantidade de toxina necessária para provocar o mal de Parkinson, os pesquisadores ingleses trabalham para encaixar as diversas peças do quebra-cabeça.


Segundo Oliver Bandmann, pesquisador do grupo que conduz o estudo, não é apenas a disfunção no gene DJ1 que causa a doença. ‘Isso deixa a pessoa mais suscetível somente quando ela entra em contato com a toxina’, explica.


Para o pesquisador, o principal objetivo agora é estudar como outros fatores combinados com o problema genético agem para causar a doença de Parkinson. ‘Apenas quando entendermos como essas diversas peças funcionam é que vamos poder agir sobre as causas e não apenas ficarmos tratando as conseqüências’, disse.


Pelos estudos realizados, o grupo de pesquisa da Universidade de Sheffield foi o único do Reino Unido a receber verbas da Fundação Michael J. Fox, criada pelo ator de cinema que sofre com a doença. A instituição anunciou que dará US$ 3,6 milhões aos cientistas britânicos.

 

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Fonte: Agência Fapesp, 18/2/2005, reproduzida no JC e-mail 2709, de 18/02/2005.