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Terapia Ocupacional junto à Gerontologia

Por Patrícia Sá, terapeuta ocupacional, crefito 4241 

A ausência de doença não significa saúde e por isso, além de atenuar sofrimentos inerentes desta fase evolutiva, queremos propiciar o desenvolvimento e/ou resgate de viver, fazendo suas atividades de vida diária (AVD) com significado e criatividade.

Estruturando o tempo de vida com melhor qualidade para si, para sua família, amigos e comunidade, poderá sentir-se integrada, pertinente e aceita; com isso transcenderá suas perdas e poderá se oportunizar um constante recriar-se. Em suma, Terapia Ocupacional em gerontologia tem como fundamental princípio manter o idoso ativo, proporcionando condições para que ele viva de forma intensa e satisfatória, mantendo um sentido de viver, usufruindo de uma vida normal dentro de suas possibilidades e limitações.

Em Terapia Ocupacional considera-se importante a utilização da ocupação pelo trabalho, como um meio de tratamento aos doentes. Sendo o seu objetivo a cura, enquanto que o produto obtido pela ocupação tem importância secundária. Sendo a base da Terapia Ocupacional, parte-se do princípio que a ocupação seria fundamental para a aplicação dos objetivos de tratamento, pois, "na perspectiva da ação ser mais reveladora do inconsciente que a palavra, a atividade ganha uma dimensão de expressividade e simbolismo", é o que assegura Berenice Rosa Francisco (1988).

Para Jorge Augusto O. Finger, a prática de terapia ocupacional está baseada fundamentalmente em conceitos que reconhecem: 1º que a atividade é uma necessidade vital do ser humano; a privação da oportunidade de ação gera a infelicidade; 2º que ocupando-se com atividades, o indivíduo explora a natureza de seus interesses, necessidades, capacidades e limitações; desenvolve motricidade, funções perceptivas e cognitivas; aprende uma série de atitudes socias e interpessoais, comportamentos necessários para o domínio de tarefas vitais e manejo dos elementos do seu meio ambiente; 3º que o produto final inerente à atividade tem importância secundária, à medida que possibilita concreta evidência da capacidade do indivíduo ser produtivo ou ser habilidoso em determinado campo.

Para Rui Chamone Jorge, "o substantivo atividades empregado como ocupação/trabalho mantém o sentido original de qualidade de ativo; aquilo que se opõe a passivo". As ocupações são compreendidas como um modo ativo de o paciente intervir no mundo e assim, ativamente, estar consigo e com os outros. No percurso da sua vida, o indivíduo sofre mudanças gradativas, as quais se acentuam e declinam mais intensamente na velhice, levando a perdas da sua capacidade mental, uma diminuição do vigor físico e a tendência da diminuição afetiva.

Através de nossas experiências percebemos que: o idoso, assim como as crianças, precisam de toque físico, estímulo que é indispensável a existência para um desenvolvimento normal, juntamente com o fato de ser reconhecida de forma verbal ou através de atitudes, desejando que os outros mostrem que estão qualificando-o e que sua presença é importante e pertinente naquele ambiente. Além disso tem a capacidade de se assegurar de que não irá perder estas coisas, necessidades de estruturar o tempo no aqui e agora, a médio e também a longo prazo. Estas necessidades decorre da fome de estímulos e da necessidade de carícias.

Deste modo, o principal objetivo da Terapia Ocupacional junto a gerontologia, é propiciar com que o indivíduo tenha a melhor qualidade de vida, dentro de suas possibilidades e limitações.
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http://www.drgate.com.br/artigos/to/to_geronto.php