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Educação Superior e Envelhecimento Populacional 

Através da Portaria número 56 de 25 de novembro de 2004, a Secretaria de Educação Superior e a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação, constituíram uma Comissão Especial para elaborar diretrizes e propor políticas para a formação de profissionais aptos a atender as necessidades dos idosos. Tal preocupação se justifica pelos estudos recentes do IBGE apontando que até 2025 o Brasil será o sexto país do mundo com maior número de pessoas idosas, ou seja, acima de 60 anos. O total de idosos já é de 16 732 547 pessoas de 60 anos ou mais. Em 2020 este número deve alcançar algo em torno dos 27 milhões. De forma a ampliar as discussões sobre este relevante tema, realizou-se um Seminário sobre Educação Superior e Envelhecimento Populacional no auditório do MEC em Brasília, nos dias 11 e 12 de maio de 2005.

O objetivo do seminário consistiu em sensibilizar as IFES para a formação e o aperfeiçoamento de profissionais e de pesquisadores sintonizados com as questões ligadas ao envelhecimento populacional brasileiro, e contribuir para a elaboração de políticas de apoio à projetos e diretrizes que promovam o envelhecimento saudável e com qualidade de vida.

Para o evento nenhuma das coordenações de Programas de Gerontologia existentes no país foi chamada, embora sejam públicas várias produções na área e muitas delas com apresentação de modelos gerontológicos.

Discussão gerada 


MEC incentiva pesquisa sobre população idosa

A população brasileira com idade acima de 65 anos duplicou nas últimas cinco décadas. Atualmente, são 16 milhões de idosos ou 9,3% dos brasileiros. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e apresentam uma tendência de que, em breve, o Brasil será um país de velhos. Para incentivar o debate e a criação de programas de pós-graduação sobre o tema, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes/MEC) promove, em parceria com a Secretaria de Educação Superior (SESu/MEC), hoje, 11, e amanhã o 1º Seminário sobre Educação Superior e Envelhecimento Populacional.

Estudos apontam o aumento da expectativa de vida no Brasil. Na década de 50, os brasileiros morriam com menos de 50 anos, para 2020 esta faixa é projetada para 71. A proporção de velhos cresce: são 650 mil a cada ano. E a estimativa do IBGE para 2020 é de 17 milhões de idosos.

De acordo com o diretor de Programas da Capes/MEC, José Fernandes Lima, é essencial que a comunidade científica discuta o assunto. Hoje existem somente estudos isolados sobre a evolução da faixa etária dos brasileiros. "A partir do debate poderemos incentivar linhas de pesquisa e cursos de pós-graduação específicos. O país está envelhecendo. Precisamos investir no ensino e na pesquisa deste tema para resultar em serviços e produtos de qualidade", diz.

Um aspecto importante do seminário será o de sensibilizar pesquisadores, cientistas, professores de áreas para isso. "Além das áreas de saúde, economia, sociologia e direito, é fundamental que outras áreas do conhecimento como engenharias e arquitetura desenvolvam estudos sobre o tema. Também precisamos avançar sob o ponto de vista do planejamento urbano das cidades para atender os idosos, por exemplo", afirma a coordenadora de Programas Especiais da Capes, Isabel Pessoa.

Hoje pela manhã estão programados debates. À tarde, especialistas que pesquisam o assunto apresentam suas experiências. Na quinta-feira, acontecerão as mesas-redondas sobre a formação profissional nas diferentes áreas de conhecimento. O seminário será realizado das 9h30 às 17h, no auditório do MEC, em Brasília. (Adriane Cunha)

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Aumento do número de idosos no Brasil
é tema de debate

 

 

 

Foto: Tereza SobreiraO declínio da fecundidade no Brasil é uma das causas do aumento do percentual de idosos no País. Foi o que afirmou o professor José Alberto Magno de Carvalho, do Departamento de Demografia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), em palestra proferida no 1º Seminário sobre Educação Superior e Envelhecimento Populacional, que teve início nesta quarta-feira, 11, e prossegue durante toda a quinta-feira no auditório do edifício-sede do MEC. O tema da palestra foi Especificidades Regionais e Demográficas do Envelhecimento Populacional Brasileiro.

De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), até 2050 serão cerca de 36 milhões de idosos no Brasil, sendo 15 milhões só na região Sudeste. Ao lado da região Sul, a região Sudeste é a mais envelhecida do País. “Enquanto houver declínio da fecundidade no Brasil, haverá expectativa de aumento no número de idosos”, explicou Magno de Carvalho. Em 2000, a proporção era de 17,8 idosos para cada 100 jovens. Em 2050, serão 102 para cada 100 jovens.

Após a palestra foi realizada mesa-redonda de debates e discussões sobre o tema com a participação do diretor do Departamento de Estudos Populacionais do Instituto de Pesquisas Sociais da Fundação Joaquim Nabuco, Morvan de Mello Moreira; da tecnologista do IBGE Maria Isabel Coelho Alves Parahyba e do chefe do Departamento de Medicina Preventiva da Unifesp, Luiz Roberto Ramos. (Assessoria de Imprensa da SESu)

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Universidades terão papel reformulador de
políticas para idosos

O Seminário sobre Educação Superior e Envelhecimento Populacional no Brasil propõe a criação de uma área multidisciplinar para tratar do idoso nas universidades. A partir do encontro, os profissionais de diferentes áreas irão interagir e trocar informações para uma futura reformulação curricular que atenda às necessidades dos idosos no Brasil.

Durante o encontro, entre os dias 11 e 12, foram debatidos e apresentados estudos a respeito da matéria sob diversos aspectos das mais variadas profissões. “O propósito de sensibilizar a comunidade acadêmica da necessidade da criação de uma rede de cooperação entre as diversas áreas foi completamente atendido”, afirmou a coordenadora do seminário, Márcia Rozenthal. O evento tratou de integrar as áreas do conhecimento a fim de contribuir para a elaboração de políticas de apoio a projetos e diretrizes que promovam o envelhecimento saudável e com qualidade de vida.

A coordenadora explica que o próximo passo será a disseminação da idéia dentro de cada unidade acadêmica, de maneira que haja uma sensibilização entre os professores. Segundo Márcia, o envelhecimento é uma questão que envolve todas as áreas de estudo e conhecimento. “Podemos atrelar a medicina à economia, a medicina ao direito, onde as questões da previdência social e da eutanásia envolvem as três áreas”, exemplificou a consultora da Secretaria de Ensino Superior.

A concretização da interdisciplinaridade do envelhecimento nas universidades depende diretamente do trabalho conjunto das diferentes áreas. “Para isso, é imprescindível que os cursos tenham propostas de relações integradas, relacionadas às questões do envelhecimento”, enfatiza.

Conforme dados da pesquisa do IBGE, atualmente o Brasil possui cerca de 17 milhões de idosos (população com mais de 60 anos) o que representa 9,6% da população total do país. No próximo semestre está prevista a realização de outro seminário, ainda sem data e local definidos.
 


[1] Informação disponível em 09/05/2005 no seguinte endereço:
http://portal.mec.gov.br/sesu/