|

Como fica o “trabalho” com a
longevidade?

Folheto de programa do Congresso Internacional,
realizado
na universidade de Aveiro - Portugal
Por Beltrina Côrte -
pesquisadora
mentora
Diretamente para o Portal
Foi com esta preocupação que
professores e alunos do Programa de Gerontologia da PUC-SP
apresentaram uma mesa no Congresso Internacional Educação e Trabalho:
representações sociais, competências e trajectórias profissionais, realizado
de 2 a 4 de maio, na cidade de Aveiro, Portugal. A mesa, intitulada
“Longevidade, Educação e Trabalho” abordou esta temática a partir do ponto de
vista da longevidade humana.
Aliás, a ciência não tem respondido de
maneira
satisfatória
aos
problemas da
longevidade, pois a experiência de ficar velho, de viver mais, é muito recente,
a cada quatro anos, a expectativa de vida aumenta um ano. No Brasil, a previsão
é que em 2025 os idosos serão cerca de 33 milhões, ocupando o 6º
lugar no ranking mundial de população idosa. Foi nesse
contexto
que o tema envelhecimento chegou às Universidades, no país existem apenas 4
Programas de
Pós-Graduação,
stritu sensu (um aprovado no final de 2004).

Suzana
Medeiros no saguão da Faculdade de Educação da
Universidade de Aveiro, Portugal
Como
área
de investigação o envelhecimento aponta
para
a
ruptura
do
pensar
segmentado e exige interpretações e
saberes que permitam a
criação
e a ressignificação de
conceitos
e
concepções,
conferindo à Gerontologia o
caráter
de
área
interdisciplinar. O
Programa
de
Gerontologia da
PUC-SP inovou ao
elaborar
sua
estrutura
curricular
quando optou
por
construí-la
em
temas
relevantes
ao
estudo do
envelhecimento e
não
fragmentar
os
estudos
através das
áreas
de
saber.
A sua
produção
está apontando
novos
saberes
que
irão
iluminar
e
auxiliar
na
compreensão
do envelhecimento e da velhice no Brasil.
A
percepção
da singularidade,
importância
do
diálogo
entre
saberes,
e do
exercício
interdisciplinar vem se expressando nas
mais
de 80
pesquisas
concluídas, comprovando
que a velhice é uma
experiência
heterogênea;
divulgando
diferentes
formas
de aprendizagem e
novas
possibilidades de
autoconhecimento;
apresentando
modelos
inovadores
de intervenção e de trajetórias profissionais.
A primeira urgência que a longevidade nos traz é o desafio de aumentar a
expectativa ou rever e reinventar as trajetórias profissionais, pois o sério
problema de cunho social e profissional vigente afeta a todos nós imediatamente
ou num futuro próximo.
Pois se oficialmente é decretado ser velho após os 60 anos, o que
a pessoa fará até os 100? Não será o tempo de novas experiências, novos projetos
e novos trajetos? Fala-se, então, necessariamente em
Educação como instrumento de novas inserções sociais. Foi nesse contexto
que a mesa temática Longevidade, Educação e Trabalho abordou os temas:
Formações profissionais x inserção social; Diversidade temática das pesquisas x
trajetórias profissionais;
Novas concepções de mundo e atitudes profissionais: outras
trajetórias; Perfil dos idosos no mercado de trabalho brasileiro; e
(Re)socialização do idoso: trabalho e educação.

Suzana Medeiros, Nadia Dumara Silveira e José Bernardo Enéias
em uma pausa
para café, em Aveiro
Suzana A. Rocha Medeiros, Beltrina Côrte, Nadia Dumara Ruiz Silveira, Ruth.
G. da Costa Lopes (professores) e José Bernardo Enéias de Oliveira (aluno).
|
 |