Memórias e temporalidades Viver muito? Ou viver bem? Viver a que custo? Como lidar com esse tempo de sobrevida? Estas foram algumas das muitas perguntas colocadas pelo professor Dr. Cláudio Guimarães durante sua palestra na abertura oficial da VII Semana de Gerontologia, intitulada “Memórias e envelhecimento: uma visão contemporânea”. Uma promoção do Programa de Estudos Pós-Graduados em Gerontologia e Núcleo de Estudo e Pesquisa do Envelhecimento – NEPE, da PUC-SP, sob a coordenação das profas. Dras. Delia C. Goldfarb e Vera Brandão. O professor Guimarães (Unifesp/USP/Unidade de Reabilitação Neuropsicológica), retomou na história algumas narrativas sobre o prolongamento da vida e a busca da eterna juventude. Entre elas, a epopéia de Gilgameshi-Enkidu (3000 A.C); Gerocomia; O Lago Hindu da Juventude; Medéia; A fonte da Juventude de Ponce Leon, etc., para dizer que negar a velhice é a pior coisa que pode ocorrer para se enfrentar o envelhecimento. Aliás, segundo Guimarães, o processo do envelhecimento pode ser um investimento de autoconhecimento, que é construído a partir da juventude. Portanto, segundo ele, saber envelhecer é saber se preparar para morrer. Em sua fala, ele fez severas críticas à medicamentalização do comportamento humano, assinalando que com o tempo o material neurológico vai se reduzindo, pois o desenvolvimento do ser humano necessita de perdas. No entanto, ele nos lembra que a memória é algo que somente em parte está dentro de nossa cabeça, o resto, a maior parte, está no mundo, isto é, fora do corpo. Guimarães sendo apresentado por Suzana Medeiros, coordenadora do Programa de Gerontologia A VII Semana de Gerontologia também contou com a mesa-debate “As tramas do tempo nos fios da memória”, na qual vários temas foram debatidos, entre eles a finitude, esclarecendo-se os termos eutanásia e distanásia, após palestras de Maria Júlia Kovacs (USP) e Delia Catullo Goldfarb (NEPE-PUC), tendo como debatedora Sybil Safdie Douek (PUC). Sybil S. Douek, Maria Júlia Kovacs, Ruth Lopes (coordenadora da mesa) e Delia C. Goldfarb Outro tema de mesa debate foi “Memória, tempo, narrativas”, o qual contou com a participação da Profa. Dra. Teresinha Bernardo (PUC) e do jornalista Sergio Vilas Boas (ECA/USP), tendo como debatedora a profa. Dra. Vera Brandão e a coordenação de Beltrina Côrte. A memória oficial, subterrânea e involuntária; a cultura como narrativa e esta como expressão da memória; a experiência como método, entre outros, foram temas debatidos ao final das palestras. Vera Brandão, Sergio Vilas Boas, Beltrina Côrte e Teresinha Bernardo durante sua apresentação Prévio à abertura oficial da VII Semana de Gerontologia, ocorreu uma mesa redonda intitulada “Gerontologia: ensino, pesquisa, trajetórias”, contando com a construção de uma meória coletiva através das lembranças dos percursos das professoras fundadoras do Programa de Gerontologia da PUC-SP: Suzana Medeiros, Elisabeth Mercadante, Ruth da Costa Lopes e Vera Almeida, sob a coordenação de Nadia D. R. Silveira. Momento onde a platéia ouviu os “memoriais” e de como estes podem ser construídos. O que selecionar? O que relatar? O que se deixa são perdas? Temos que nos despedir daquilo que não se relata? Como todos somos memoriosos, cabe a cada um de nós escolher o que contar e assim cada uma das professoras foi contando a sua trajetória.
Exposição de pôsteres Diversos trabalhos foram expostos no evento, realizado no TUCA, mostrando resultados de pesquisas gerontológicas, especialmente na área social. Os resumos dos trabalhos e as conferências serão publicados na revista Kairós, edição 8 (2).
Tânia e Cininha blogam a velhice
Até o Portal do Envelhecimento esteve “exposto”
Teresa, de Poços (MG), para a PUCSP
Nuno, do Paraná, mostra “vivência”
Marilene e Lucia em “manchete”
José Celso e sua visão fisioterápica
As memórias da Oficina
As possibilidades de envelhecer
A violência contra o idoso em textos científicos
Maria Amélia, de Bauru, mostra os recursos
O envelhecimento de Santo André Recortes das Memórias fotográficas da Semana
A “colcha de retalhos” do encontro
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