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Governo libera R$ 5 milhões para pesquisa com células-tronco ainda em 2004 Apesar de ainda não haver acordo no Congresso para a aprovação do projeto de lei que autoriza experimentos científicos com células-tronco, o governo anunciou nesta quinta-feira que pelo menos R$ 5 milhões serão gastos ainda neste ano para financiar pesquisas sobre na área de cardiologia, em estudos que podem oferecer alternativas a transplantes e outras cirurgias. O dinheiro faz parte de um total de R$ 57 milhões - fruto de um convênio firmado hoje entre os ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia. O montante será utilizado em cerca de 350 pesquisas em áreas da saúde pública consideradas estratégicas. O ministro da Saúde, Humberto Costa, afirmou que o Instituto Nacional de Cardiologia, ligado ao ministério, já desenvolve pesquisa sobre células-tronco na área específica. Por isso, Costa acredita que os resultados práticos desse tipo de estudo poderão ser percebidos pela população em breve. - Os benefícios podem vir num espaço de tempo não muito longo - opinou o ministro. Costa também manifestou apoio às pesquisas com células-tronco, inclusive as que envolvem clonagem para fins terapêuticos. Ele afirmou que os questionamentos éticos sobre esse tipo de experimento deverão ser analisados um a um pelo conselho de ética que será criado para deliberar sobre as pesquisas. As discussões deverão ser propostas na medida em que as pesquisas forem aventadas. - Somos favoráveis à pesquisa com células-tronco, inclusive de embriões, porque o avanço da ciência hoje justifica isso. Mas tudo tem que ser feito dentro de parâmetros éticos - disse o ministro da Saúde. Após o anúncio do termo de cooperação, o ministro da Ciência e Tecnologia, Eduardo Campos, afirmou que o governo está acompanhando a tramitação do projeto no Congresso sem muitas preocupações, pois a aprovação da proposta já seria dada como certa. Campos não considerou grave que os recursos estejam sendo disponibilizados antes mesmo que os parlamentares cheguem a um acordo sobre o projeto de lei de biossegurança. - Nesse momento, temos que responder às necessidades das vidas que dependem dessas pesquisas. A defesa das pesquisas com células-tronco é a defesa da vida - disse o ministro. Fonte: O Globo, 10/9/2004 |
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