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Resolução amplia cobertura para
tratamento de ceratocone 

 

 

 

 

O CFM (Conselho Federal de Medicina) acaba de publicar a Resolução 1762, em que reconhece a prática de implante de anel intra-estromal na córnea que é usado pelos oftalmologistas no tratamento de ceratocone. Estudos do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) demonstram que a doença atinge 0,5% da população e geralmente se manifesta na adolescência podendo, portanto, prejudicar as atividades de milhares de pessoas em idade de plena atividade.

A ANS (Agência Nacional de Saúde) informou que com a publicação desta resolução o implante deve entrar no rol de procedimentos médicos previstos na cobertura dos planos de saúde de acordo com as atualizações feitas periodicamente, mas os portadores da doença já podem requerer cobertura em casos de urgência através de recursos judiciais.

De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, o ceratocone se caracteriza pelo afinamento da parte central da córnea que assume o formato de um cone. O bom funcionamento da córnea, membrana transparente que fica na parte anterior dos olhos, depende de transparência e curvatura adequadas, pois é ela uma das responsáveis pela refração da imagem na retina. O afinamento da parte central que é o eixo da visão, explica Queiroz Neto, faz com que as imagens cheguem distorcidas à retina.

Segundo Queiroz Neto, não há como prevenir a doença e não se sabe a causa exata do ceratocone, mas estão mais predispostas as pessoas alérgicas, portadores de síndrome de Down, de Turner, de Ehlers-Danlos, de Marfan, portadores de doenças como a osteogenesis imperfecta e prolapso da válvula mitral, quem tem hábito de coçar os olhos ou casos na família.

Um dos sinais é a troca de grau freqüente até que os óculos e lentes de contato já não resolvem mais, diz o oftalmologista. Uma das formas de fazer o diagnóstico é através da topografia corneana que mostra o formato exato da córnea. O tratamento visa corrigir a deformação e melhorar a visão.

Para Queiroz Neto, a Resolução 1762 vai beneficiar muitos dos portadores de ceratocone. Porém, o implante de anel intra-estromal na córnea não é indicado para todos os casos. Ele explica que primeiro são indicados óculos iguais aos usados para correção de miopia e astigmatismo. Numa segunda fase são usadas lentes de contato rígidas ou gelatinosas específicas para este tratamento que têm a função de conter a deformação da córnea, mas nem todos se adaptam bem, ou conseguem boa visão com as lentes, especialmente pessoa alérgica, destaca.

Quando estas lentes já não resolvem ou para quem não se adapta, a solução é o implante do anel intra-estromal. A cirurgia consiste em implantar no estroma, extremidade externa da córnea, um ou dois anéis para aplanar a curvatura da parte central. A técnica é bem sucedida em 95% dos casos, mas apenas retarda a necessidade de um transplante.

Nos casos de transplante, Queiroz Neto explica que só é substituída a parte danificada da córnea e mesmo após a cirurgia é necessário fazer acompanhamento médico por um período prolongado.
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Fonte:  www.hospitalar.com, 21.02.05

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